domingo, 28 de março de 2010

Ao Convite do Vento


Sem a pressa costumeira dos dias de semana chamados “dias de produção”, onde preciso decidir rapidamente, sobre qual tarefa que precisa ser executada em primeiro lugar, hoje sendo domingo posso escolher. Escolhi calmamente colocar em dia nosso bate papo via este blog.

Pensei que nesta manhã tipicamente de outono, nublada e “fresquinha”, posso escolher sobre qual o assunto, de tantos que tenho para escrever algo, aquele que  mais chamou a minha  atenção nesta semana que terminou ontem. 
O tema liberdade, rotina e falta de tempo me fez repensar.
Acredito que quebra de rotina e liberdade tem uma ligação direta com o ciclo chamado TEMPO. Observo com atenção desde o tempo da escola primária, o transcorrer do tempo com especial atenção.Tempo que aprendi com tempo, ser um ciclo de amadurecimento e entendimento.

Pois hoje ao observar o "tempo lá fora", observei o convite feito pelo vento para as árvores: Vamos dançar?
O vento, a liberdade e passagem do tempo têm uma forte ligação na minha estória de vida. Acho que para o Érico Veríssimo também. 
Lembram da obra  prima  O Tempo e o Vento? 


Tenho em minha casa uma janela que está situada para o sudeste. Esta janela é especial para mim. Acho que ela tem um pouco da magia da infância, onde temos o poder de criar nossas janelas mágicas por onde o coelhinho da páscoa trás nossos ovinhos de chocolate.
É através dela que enxergo o amanhecer. É onde agradeço todos os dias um novo amanhecer. É através dela, que envio, por pensamento, um bom dia para minhas irmãs que moram em outra cidade. É através desta janela que enxergo a constelação do Cruzeiro do Sul nas noites de verão. Esta constelação me chama atenção a muito tempo.
Ao abrir minha “janela mágica” nesta manhã, vi o movimento das copas das árvores nos pátios dos meus vizinhos. Era um movimento leve e suave. Era uma dança que estava acontecendo na minha frente. Como um ser vivo tão enraizado tem a capacidade de “mover-se” de forma tão suave, leve e harmoniosa? Que beleza.


Pensei nos momentos que em na minha vida profissional,fiz cursos de dança. A maior dificuldade, nestes cursos era encontrar parceiros homens que realmente soubessem conduzir uma mulher na dança. Quem já fez aula de dança sabe do que falo. 
Um homem precisa amparar uma mulher na dança (e na vida também). 
Meus amigos homens, talvez levem tempo, mas aprenderão que  não se deve conduzir uma mulher na dança de salão (e na dança da vida) de forma brusca e ou rude. O vento suave pode ter algo a lhes ensinar.

 Voltemos ao convite. Após tomar calmamente meu café dominical observei que estava começando a chover. Com a chegada da chuva, a dança cessou. Que poder tem chuva sobre nossas escolhas, decisões na quebra da rotina? Será que existe realmente uma ligação simbólica da chuva com as dores físicas e emocionais? 
A rotina de nossas vidas, em algum momento será obrigatoriamente quebrada, devido ao aparecimento das dores físicas, emocionais e ou espirituais. 
Como atuo através do corpo para auxiliar as pessoas a se libertarem interiormente, percebo que todos nós temos nossa rigidez particular. Se você duvida, leia sobre o assunto relacionado a psicossomática. Lá você encontrará a sessão referente a coluna vertebral. Quanto maior for à tensão interior,(falta de vento interior, leveza, opções, liberdade de escolhas?) maior será sua dificuldade para mover-se e ou dançar. Associe esta idéia de leve e soltura interior com uma coluna vertebral sem dores crônicas.


Aceitei neste domingo o convite do meu vento interior, e agora repasso para você.Pelo menos uma vez por semana descubra qual é a dança que você quer dançar para quebrar sua rotina. Descubra em qual o tempo interior você quer mover-se. Qual será o seu momento de leveza e liberdade, e por isto, soltura corporal que você quer viver aos domingos.
A minha dança, neste momento de vida, está sendo aceitar o convite de meus ventos interiores, e escrever sobre as observações que tenho feito aos domingos.
Até domingo que vem! Ou não!

Um comentário:

  1. Querida Laura, parabéns. Tens muito a dizer e a expressar. O vento ajuda a espalhar tuas palavras.
    Marcia Branchina

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